quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

eu te escrevi em cem versos ou mais
deitei em seus braços por tantas vezes,
toquei tuas canções em sonhos belos
e na neblina do amanhecer lhe perdi.
Como uma sombra distante que se apaga
deixa seus rastros em todos os meus passos,
e te vejo em todas as esquinas e rostos,
quero sentir novamente o seu gosto,
deslizar no seu corpo, sentir o nosso abrigo
reconstruído, sobre ruínas vivas do coração
um templo bonito, paraíso sem ilusão,
deixo pro além todas as cobranças que fiz
por acumulo de inseguranças e insensatez.
Um beijo suave, quero tudo outra vez.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Fraquezas.

Minhas palavras são pobres
fogem dos meus sentimentos
que também não são bonitos
e vão aos poucos se desfazendo,

um dia, parece tão longe,
os sonhos estavam perto,
a moça caminhava ao lado
e o mundo pareceu ser certo.

Queria ser como Bandeira
em seus versos sangrando
e jogar fora tudo o que amo.

Mas sou fraco
e guardo no fundo do peito
um grito que te ama.

Não sei direito das coisas
achei a solução em sua boca
me desculpe, não resisto
a destroçar vidas insisto,

Como uma bomba que se fragmenta
explodo em todos os desalentos
espalho tristeza e desengano
mesmo querendo alegria e novos planos. 

Meu nós são cegos e o mundo não perdoa 
então me deixa no canto 
quem sabe um dia
eu levanto.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

desespero

Eu sumi faz tempo
meu corpo se desfaz no vento
estou em completo lamurio
morto e podre por dentro
e fora só existe tortura,
não sou bom pra você
nem nunca fui pra ninguém,
Sou um inferno em pessoa
que arrasta tudo pro fogo
do desespero e do desdem.
E ai não sobra nada
além das mentiras que contei
pra me agarrar em delírios
que criei em você.
Desculpe meu bem,
sou agora só o resto do pó
de uma noite triste e sem gosto.