domingo, 29 de outubro de 2023

Concurso de contos.

Escrevi umas palavras toscas pra fazer uma história. É estranho como a vida passa tão rápido e como estamos distantes.

1000 Quilômetros, eu poderia andar, mas ainda assim aqui estou preso, em outra terra, estrangeiro.

E não sinto um tempo ruim, mesmo na tempestade que agora cai, ainda assim preciso de uma história. 

Quantas eu poderia contar, das ruas, das damas, das putas e das camas, ainda assim nada vem a cabeça. Lembro de uma vez, e de outra e daquela vez,

nenhuma é suficiente.

As palavras querem sair, não consigo controlar, preciso te encontrar, sentir suas coxas em meu rosto.

Não tem cerveja e nem praia, nem sol e nem raio que me faça feliz.

Seu cheiro me embriaga, nem sei onde está, sua vida se entrelaça a minha e como somos um só.

Hoje sou incompleto, na casa todos os restos, na tela um vídeo pobre que levanta apenas a genital.

Preciso de mais que isso. 


Preciso que chegue logo, janeiro está logo aí, dezembro quem sabe. 

Ainda assim não tenho uma história, nesta cidade sou um completo alien, à parte de tudo, à parte de todos.


E não tem conto em que eu encontre o seu corpo nu, e não tem sonho que sacie o seus seios nus, no momento não existe nada, nenhum paragrafo, apenas o desejo de que o tempo não se acabe. 



quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Ruído

 Eu não estou aqui,

A casca vazia de uma promessa qualquer. 

Resquícios de sonhos de outros tempos.

Um vazio que consome quem toca.


O eco de algo que não disse nada,

Das poesias não escritas e das noites no sofá.


Quantas mortes ainda pode haver?

Não tenho mais tempo para procurar.



quarta-feira, 15 de março de 2023



Olha o impostor, aquele que nada sabe,

escrevendo mentiras e olhando o nada,

não tem mais tempo pra deixar de ser

aquilo que odeia e tenta esquecer.



Ainda sente um fio de vida,

traz em seu peito à enorma ferida,

caminha quieto em condução lotada,

observando a vida como uma piada,



Mas não te rendas, poeta da vida,

pois tua voz ainda pode ecoar.

Continua a escrever, mesmo que sem dormir,

pois a tua alma, em versos, pode sorrir.