quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Desequilíbrio

Equilíbrio perdido, danço na linha da emoção, deslizo do topo da alegria pro fundo da tristeza,  Uma dose, doce com seu beijo perdido em meio a trincheiras de nossa guerra, um tratado de paz morto antes de nascer, pelo orgulho, pela violência das noites. Ainda assim sempre saio tarde, esperando encontrar seu semblante sozinho em algum boteco sujo, dama da loucura, como queria poder ser todo seu, mas esta corrida de bar em bar eu já perdi, muito antes de tu começar. Ainda assim, dobro as apostas, rolo pelo chão, vomito em meio a fumaça e acabo pior do que quando começou. Você sorri com um qualquer, depois me convida prum canto escuro, as vozes se unem em gemidos foscos e uma pequena brasa se ascende nos corpos caídos. Como quando jovens fodemos na noite e acordamos a cara da derrota. O café amargo, a despedida, por um momento desejamos esquecer.

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