de um fragmento qualquer,
que longe solta a faísca brilhante,
e na luz sinto que ainda tem vida.
Versos, versos e prosas,
enterrados em baixo das roupas
sufocados no ônibus lotado,
surrados pela vontade do patrão.
Ainda assim pulsam, e as vezes escapam,
como uma canção triste que toca na radio,
ou a declaração de algum jovem apaixonado.
Em uma batalha ferrenha eu sou tapeado,
com fúria nos olhos vejo o poeta que matei
o seu olhar me atravessa e me enche de medo.
Os últimos versos são sempre os próximos a vir.
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