quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Ainda vejo o brilho distante
de um fragmento qualquer,
que longe solta a faísca brilhante,
e na luz sinto que ainda tem vida. 

Versos, versos e prosas,
enterrados em baixo das roupas
sufocados no ônibus lotado,
surrados pela vontade do patrão.


Ainda assim pulsam, e as vezes escapam,
como uma canção triste que toca na radio,
ou a declaração de algum jovem apaixonado. 

Em uma batalha ferrenha eu sou tapeado,
com fúria nos olhos vejo o poeta que matei
o seu olhar me atravessa e me enche de medo.

Os últimos versos são sempre os próximos a vir. 

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