terça-feira, 25 de dezembro de 2018

30 anos

Eu ainda tenho tanto pra dizer, estes feriados me deixam triste. 30 anos, um inferno de verão, cerveja é o que me salva de querer acabar com tudo de uma vez. Eu procuro por aí, vejo tanta informação, meu filtro como todos foi quebrado. Tento consertar, não sei ao certo o que estou buscando. Vejo lixo no fraque do vizinho, será que não sou eu? Coloco na cabeça que ainda tenho tempo!  30 anos porra, tempo nenhum. Já queimei tudo que podia nesta cidade. Preciso de uma mulher. Preciso de outra mulher. Preciso de você. Queimando comigo nas noites, sem um puto no bolso, bebendo rancores e cultivando o desgosto pelo capital. Se eu tivesse dinheiro. Preciso tanto desta merda. Não queria precisar do que não gosto.
To procurando minha identidade, quero escrever, escrevo, tanto tempo, palavras que nunca fizeram nada. Me sinto vazio. Deslizando para o interior de uma internet. Sai dessa. Conheço alguém legal. Pena que não consigo ser eu mesmo. A rua esta logo ao lado, calada, não sussurra nenhum convite. Quero te beijar em um incêndio clandestino. Não faço ideia quem é você. Me de a mão e me tire deste inferno. Ascendo outro cigarro, outro texto que vai ficar pela metade. Não sei quem eu sou.  Esta busca esotérica toma tanto.
Acho que já exagerei. Pergunto ao prato de comida vazio, restos moídos de sonhos brilhantes. Uma breve lágrima de desespero, um pouco de medo, um dia será melhor. Você quer caminhar por um caminho mas calmo? Vão se foder! Quero explodir tudo.

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