quarta-feira, 24 de junho de 2015

Arquivo morto.

O trauma da manhã que será carregado por todos os próximos amanheceres. Escondido no sorriso amarelo e nas conversas de cada boteco. Você sabe que tanto te afetam estes arquivos guardados no vazio do peito. Mas mente que não existem e por fim até acredita ter deixado tudo no vento. E é quando as brumas chegam e o inverno toca que as gavetas abrem em sonhos infernais e te convidam pra uma valsa pobre onde você nem sequer é protagonista. Ao lado da pintura principal pensando ser tão importante, mero detalhe expressado por um artista sem alma, qual é o apelo? Cheio de choques e falsas histórias pra contar, pensando amar ou ser amado, simples mentira, jogada pelo medo de nem sequer ser real. Estou desaparecendo, abraço o precipício, finalmente tenho calma, fecho porta por porta e encontro meu novo corredor. Ainda existo? Até certo ponto .


Eric Laffitte Gaidus

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