terça-feira, 23 de junho de 2015

Dos primeiros delírios.

O vento uivando frio sussurrando palavras mórbidas. Os amores jovens estilhaçados no centro da cidade, entre trancos e arrancos tiro de ti outro amargor. Carrego em mim todo desespero da sobriedade. O mundo enterra suas garras em meu peito nu, sinto em meu sangue o seu sabor, a parte que faltava, completo outro quebra cabeça, pena que o antes também em mim exacerba função de medo. Não estou entregue a nada. Giro meu mundo ao avesso, rodo feito pião e saio nessa roleta russa existencial, pra qualquer lado que garanta sua garganta sangrando versos que desgracem meu coração. Qualquer canto basta nessa canção que se arrasta em prosa cansada. Um corte calado e a vida me acaba antes do próximo bonde.

Eric Laffitte Gaidus

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